Para começar em grande estilo nossas postagens, teremos uma entrevista da autora Tay Duque, que é
aqui de Brasília e participou na semana passada da III Bienal do Livro e da Leitura de Brasília.
aqui de Brasília e participou na semana passada da III Bienal do Livro e da Leitura de Brasília.
Fale nos um pouco sobre você e como resolveu se tornar escritora.
Olá, meu nome é Taynara Laíz R. Duque e meu pseudônimo é Tay Duque. Prefiro que me chamem apenas de Tay.
Eu sempre criei histórias na minha cabeça desde muito nova. Eram imagens, diálogos e situações que vinham como flashes, mas eu nunca soube o que fazer com eles a não ser continuar pensando a respeito.
Sabe aquele ditado sobre você está viajando de carro e é como criar o seu próprio clipe?
Basicamente foi o que vivi na minha vida.
Não vivia no mundo da lua, era uma forma de me divertir comigo mesmo, vamos assim dizer.
Era o momento em que eu estava comigo e aprendendo mais daquele universo que eu vivia.
Até escrevi alguma coisa sobre essas fantasias quando tinha doze anos, mas eu achava muito invasivo. Foi complicado colocar para fora o que eu tinha dentro de mim. A ideia de alguém ler me matava.
Mas voltei a escrever um texto para aula de artes na 6ª série, uma peça de teatro. Chamei os colegas necessários para a trama e montei o elenco.
Vestimos uma roupa em cima da outra e enquanto uma dupla apresentava a outra se trocava rapidamente ( foi divertido) a professora gostou e a turma aplaudiu.
No ano seguinte, criei mais outra peça, mas desta vez não foi tão bom. A partir daí eu parei de “inventar” a escrever novamente, embora continuava criando minhas próprias aventuras.
Aos dezenove anos conheci o mundo das fanfics, onde as meninas escreviam histórias com o meu ídolo Michael Jackson, foi quando conheci os fãs dele. Percebi que eu também criava aquele tipo de enredo e acabei fazendo também. As pessoas liam e gostavam (pelo menos era que parecia) se tornou um vício para mim, não parei mais.
Ler sempre foi o que me inspirava também. E cada vez mais busquei escrever algo diferente, que fugia dos padrões. Embora as pessoas confundem Sedução com a mesma história de 50 tons, onde a mocinha conhece o bilionário sádico e se envolve com ele, Sedução não tem relação com o livro de E.L.James. Eu ainda não li o livro e quando fui assistir ao filme no cinema, eu já estava terminando Sedução.
Enfim, eu queria o novo e estou buscando isso diariamente. Claro que o novo um dia deixa de ser, mas enquanto eu puder criar as minhas loucuras, eu estarei criando.
Escrever se tornou a minha vida, sempre foi na verdade, mesmo quando eu ainda não fazia ideia. E hoje em dia percebo que quero isso por muito tempo. Escrever é um vício que se aplaca escrevendo. É assim que eu vejo.
Até o momento, quais são os seus livros publicados?
Meus livros publicados em modo físico, prontinhos para venda, são O Mascarado, que é uma obra independente, disponível no site do Clube Dos Autores. Foi uma obra que não deu muito certo. Não tive apoio de divulgação e ninguém se interessou por esta obra. Embora ser um romance bem fofo, onde a mocinha se empenha para fazer um estranho mascarado voltar a ter gosto pela vida. O revisor da obra mencionou que daria uma bela peça de teatro, mas enfim, não deu muito certo.
Logo depois veio Sedução, com mais apoio e mais visibilidade. Conheci a Hope e suas donas Jéssica Milato e Bárbara Dameto que me deram total apoio, assim como têm feito com todos os autores da editora. E tem dado certo.
Mas fora estes, tenho um acervo de 40 livros escritos. Alguns postados em sites para o leitor e outros guardados. No wattpad tenho as minhas obras recentes e o meu mais novo orgulho, em parceria com a minha amiga Laís Maria, Orgulho e Ambição. Estamos tratando com total dedicação a ele, e estamos contentes com o resultado.
Existe alguma inspiração para seus livros?
Sim, claro. Minhas inspirações vem de livros que leio, de filmes, séries, músicas. Sou muito ligada à arte, então ela me inspira. Sempre há uma ponta que me rende um novo enredo.
Uma fala, uma cena, uma situação. Aproveito o máximo que posso para criar um enredo grande com aquilo. Problemas pessoais de algumas pessoas, conversas na rua, lanchonetes ou algum lugar que eu frequento, sempre vai ter algo que vou aproveitar para criar as minhas histórias KKKKKK sou bem assim, talvez uma maníaca por criar, mas é assim que sobrevivo, vamos assim dizer.
A música faz parte do processo criativo. Ouço música enquanto escrevo, é por isso que meus livros têm sua própria trilha sonora.
Qual foi a sensação de participar da Bienal de Brasília ?
Foi maravilhoso! Eu nunca na minha vida inteira imaginei entrar em um stand de livros e vender as minhas próprias obras. Comprar era o que me satisfazia, mas a sensação de algum desconhecido comprar e ler algo que escrevi é indescritível.
Participei também da Feira do Livro, onde foi o lançamento de Sedução e foi igualmente maravilhoso. Sedução tem agradado e estou feliz.
Quem são as pessoas que mais te motivam?
Minha mãe. Ela sempre esteve ao meu lado, nunca questionou e nunca me disse palavras negativas. Ela sempre diz pra eu tentar, e, se não der certo, tentar novamente. Ela sempre foi uma incentivadora, não somente com os meus livros, mas na minha vida inteira.
Se não fosse escritora o que seria?
Se não fosse escritora o que seria?
Eu amo línguas, sou formada em Inglês e hoje em dia faço faculdade de licenciatura em Inglês e Português. Provavelmente seria professora. Já cursei Relações Internacionais, achei que queria ser embaixatriz, mas descobri que não tinha vocação.
Qual seu autor ou autora favorito?
Eu comecei a ler por causa do Ariano Suassuna, sua obra A história do amor de Fernando e Isaura me pegou de jeito. É um amor proibido entre Isaura que é prometida pelo tio de Fernando. Eles se envolvem sem se dar conta de que foram destinados a conviver na mesma família. Foi daí que peguei gosto pela leitura. Mário Quintana também me inspira até hoje. Suas poesias diz muito sobre a vida. Algo que sabemos, mas não fazemos ideia de como explicar. Eu procuro fazer isso nas minhas obras, levar alguém a entender mais um pouco de si mesmos.
Adoro Sylvia Day, pra mim ela escreveu uma obra prima. A forma como ela trata seus personagens é bem envolvente. São pessoas de verdade, com problemas, emoções e alegrias. Não são personagens que estão lá apenas para ocupar espaço e ter uma história só por ter. É o que eu tenho tentado fazer com as minhas obras futuras.
Como foi a experiência de publicar seu primeiro livro?
Foi maravilhoso! Eu estava lutando para isso, até fiz um indepentende. Mas a sensação é incrível. Eu nunca imaginei que alguém pudesse ler as minhas histórias de graça, quanto mais compradas.
O que você gosta de fazer quando não está escrevendo?
Lendo, assistindo. Meu tempo é bem dividido para escrever e para outras coisas. Mas sou bem caseira. Me divirto mais vendo um filme, indo ao cinema, ficando em casa, do que em uma festa cheia de gente que não se importa de verdade com você.
Um filme?
Nossa, sacanagem! kkkkkk eu não tenho um filme favorito, porque cada vez que assisto gosto de um diferente. Mas eu gosto de filmes que me prende, que me faz viajar. Que a história seja bem construída.
Uma cor?
Lilás.
Um livro?
Crossfire
Um artista?
Michael Jackson
Uma música?
Assim como filme, é complicado determinar uma. Estou sempre me envolvendo com músicas, me apaixonado muito com cada uma. Amo todas do Michael Jackson, mas também curto indie e Ed Sheeran KKKKK bem vasto meus gostos.
Tay muito obrigada por participar desta entrevista. Desejo todo o sucesso do mundo e aguardo ansiosamente pelo publicação do seu próximo livro.
Eu quem agradeço, minha linda. Obrigada pelo apoio de sempre, pela dedicação que você tem com os autores brasileiros. Obrigada pelo convite. E vamos torcer para que venham mais livros publicados por aí.
Grande abraço.